Caos! Hospital do Trabalhador registra fila de ambulâncias na madrugada deste sábado
Pacientes que necessitaram de atendimento médico de emergência na madrugada deste sábado (30) tiveram que esperar bastante para dar entrada no Hospital do Trabalhador, uma das unidades-referência no atendimento de traumas em Curitiba. Isso porque uma fila que chegou a ter 12 ambulâncias se formou em frente à entrada do setor de emergência do hospital, situação que só foi normalizada já no início da manhã. A alta demanda por atendimento de urgência foi registrada também em outros dois hospitais, o Cajuru e o Evangélico, o que dificultou inclusive o trabalho de encaminhamento das vítimas para um local menos congestionado.
A alta demanda e a espera dos pacientes por atendimento têm acontecido com alguma frequência ao longo dos finais de semana. Sobre a fila registrada na madrugada deste sábado, o diretor-superintendente do Hospital do Trabalhador, Geci Labres de Souza Júnior, declarou em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, que ela foi provocada pelo significativo aumento dos casos de trauma registrados nos dias de folga da maioria das pessoas.
“Realmente nós tivemos uma demanda na noite de ontem, com mais de 12 ambulâncias aguardando para serem recebidas aqui no hospital, na nossa sala de emergência. Lembrando que nesses momentos em que a população sai mais de casa, infelizmente o abuso do álcool, a violência, o desentendimento, acabam trazendo vítimas em maior número para o sistema e os hospitais precisam medicar esses pacientes, estabilizar, fazer um diagnóstico e dar o melhor encaminhamento no tratamento dentro do hospital. “, declarou.
Ele afirmou também que nenhum paciente deixou de ser atendido, apesar da fila formada.
“Enquanto esses pacientes estão dentro da ambulância, eles estão sob assistência médica e estão sendo atendidos, portanto não houve desassistência. Tanto é verdade que o hospital atendeu a todas aquelas ambulâncias e agora já temos normalidade no sistema. Aqueles pacientes todos foram estabilizados, não tivemos nenhuma consequência, mas realmente deve ser pedido à população um cuidado maior porque às sextas, sábados e domingos, infelizmente, o número de ambulâncias que trazem pacientes vítimas de trauma aumenta muito”, complementa.
Ainda de acordo com o superintendente, os hospitais estão pressionados pelo aumento da demanda de outras frentes também.
“O que ocorre é que os hospitais estão vivendo uma tripla pressão. Lembrando que a Covid não acabou e nós ainda estamos atendendo pacientes com Covid. Nós temos também a questão das cirurgias eletivas que também estão sendo atendidas pelos hospitais e as emergências. Eu acredito que o sistema está fazendo o possível para atender a todos. Infelizmente há momentos de pico e esses picos estão sendo gerenciados para levar o paciente para o hospital que tenha capacidade de atendê-lo”,
destaca o superintendente
Os outros hospitais que tiveram aumento da demanda de pacientes vítimas de trauma na madrugada se posicionaram por meio de notas oficiais. A do Hospital Cajuru afirma que “houve alta demanda no pronto-socorro e, nesse cenário, em alguns momentos o hospital solicitou uma reorganização nos encaminhamentos por parte da Prefeitura de Curitiba, mas nesta manhã o atendimento voltou ao normal”.
Já o Hospital Evangélico afirma que “este fato (a alta demanda) gerou um atendimento por meio da ‘vaga zero’, que é quando acontece o rodízio no encaminhamento das ambulâncias para outras instituição de saúde”.
Também por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) explicou que “o motivo das filas foi que durante a madrugada houve um grande número de entradas de pacientes que tiveram traumas ou foram vítimas de violência, algo característico durante o final de semana”. A secretaria disse também que “reorganizou o sistema público para acolher as pessoas com sistemas respiratórios, algo que vem crescendo nos últimos dias na região”.
Ainda de acordo com as informações da SMS, nessa época de transição do outono para o inverno aumenta bastante o número de pacientes que apresentam sintomas respiratórios, gerando uma pressão no sistema de saúde, mas que todos os pacientes estão sendo atendidos.
Fonte RicMais/plantão 190/João Frigério