Você acredita? Elon Musk quer implantar chips em cérebros humanos em 2023

 Você acredita? Elon Musk quer implantar chips em cérebros humanos em 2023

Um chip no cérebro para fazer as pessoas interagirem com o computador de forma direta pode virar realidade. Em evento online da Neuralink que aconteceu na quarta-feira (30), o bilionário Elon Musk disse que sua empresa, a Neuralink, vai implantar seu primeiro chip no cérebro de um ser humano em menos de seis meses, ou seja, até a primeira metade de 2023.

O chip cerebral, que tem o tamanho de uma moeda, está em fase de testes. O principal objetivo é facilitar a interação do cérebro e do computador, além de promover tratamentos para deficientes físicos e visuais.

A Neuralink foi fundada em 2016 e vem realizando testes com animais para mostrar que a tecnologia pode ser viabilizada para os humanos. No entanto, a empresa sofre com atrasos, com anúncios e revezes, e ainda enfrenta questões éticas e regulatórias, para que seja possível o uso do chip em humanos.

Segundo Musk, na coletiva online, parte da documentação para os testes já foi enviada ao Food and Drug Administration (FDA), agência equivalente à Anvisa no Brasil.

“Queremos ser extremamente cuidadosos e ter certeza de que funcionará bem antes de colocar um dispositivo em um ser humano, mas acho que submetemos a maior parte de nossa papelada ao FDA e achamos que provavelmente em cerca de seis meses poderemos ter nosso primeiro Neuralink em um ser humano”, disse Musk.

Durante sua conferência, o principal executivo da Neuralink anunciou o progresso dos testes que a empresa vem realizando.

Há anos a companhia faz testes com animais para tentar viabilizar a tecnologia. No teste anunciado, porcos foram submetidos aos implantes na medula espinhal, que faziam a comunicação entre os dispositivos.

O chip conseguiu fazer a leitura dos comandos do cérebro, e estas informações foram transmitidas para os eletrodos, possibilitando o controle dos movimentos das pernas do animal testado.

Com os macacos, o chip cerebral da Neuralink foi implantado com uma câmera conectada no córtex visual. Assim o animal conseguiu registrar e guardar flashes visuais do que foi interpretado, dando a sensação que ele estava em locais diferentes.

As primeiras aplicações do chip serão restaurar a visão das pessoas e permitir o movimento muscular das pessoas que não podem fazer.

“Mesmo que alguém nunca tenha tido visão, nunca, como se tivesse nascido cego, acreditamos que ainda podemos restaurar a visão”, disse ele.

Chips N1 e robô R1

Durante a conferência, foi anunciado que já está em desenvolvimento uma nova geração de chips cerebrais, já que o N1, utiliza 1024 eletrodos conectados ao cérebro, sendo que para aprimorar o rendimento desta tecnologia, o próximo modelo deve ter mais de 16 mil eletrodos.

A aprovação da FDA seria o passo principal para fazer a tecnologia entrar numa nova etapa.

“Queremos ter muito cuidado e sobretudo a certeza de que vai dar certo”, ressalta um Musk otimista.

Informações SBT News